sábado, 10 de setembro de 2011


O amor no éter

Há dentro de mim uma paisagem 
entre meio-dia e duas horas da tarde. 
Aves pernaltas, os bicos mergulhados na água, 
entram e não neste lugar de memória, 
uma lagoa rasa com caniço na margem. 
Habito nele, quando os desejos do corpo, 
a metafísica, exclamam: 
como és bonito! 
Quero escrever-te até encontrar 
onde segregas tanto sentimento. 
Pensas em mim, teu meio-riso secreto 
atravessa mar e montanha, 
me sobressalta em arrepios, 
o amor sobre o natural. 
O corpo é leve como a alma, 
os minerais voam como borboletas. 
Tudo deste lugar 
entre meio-dia e duas horas da tarde.

Adélia Prado

3 comentários:

  1. Precioso poema, la una de la madrugada, hora clave para visitar un hada. ¡¡ Cuantos silencios guarda la madrugada!!,
    Amiga, gracias por compartir.
    Jecego.

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  2. Entre el medio día y las dos horas de la tarde:
    la mejor hora para almorzar.
    Buen provecho.
    Jecego.

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  3. Es éste el tercer comentario que pongo aquí, y cuando vuelvo no está......Jecego

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