sexta-feira, 4 de maio de 2012



Balada de Sempre

Espero a tua vinda 
a tua vinda, 
em dia de lua cheia. 

Debruço-me sobre a noite 
a ver a lua a crescer, a crescer... 

Espero o momento da chegada 
com os cansaços e os ardores de todas as chegadas... 

Rasgarás nuvens de ruas densas, 
Alagarás vielas de bêbados transformadores. 
Saltarás ribeiros, mares, relevos... 
- A tua alma não morre 
aos medos e às sombras!- 

Mas..., 
Enquanto deixo a janela aberta 
para entrares, 
o mar, 
aí além, 
sempre duvidoso, 
desenha interrogações na areia molhada... 

Fernando Namora