sexta-feira, 22 de julho de 2011


Idílio

Quando nós vamos ambos, de mãos dadas,
Colher nos vales lírios e boninas,
E galgamos dum fôlego as colinas
Dos rocios da noite inda orvalhadas;

Ou, vendo o mar das ermas cumeadas
Contemplamos as nuvens vespertinas,
Que parecem fantásticas ruínas
Ao longo, no horizonte, amontoadas:

Quantas vezes, de súbito, emudeces!
Não sei que luz no teu olhar flutua;
Sinto tremer-te a mão e empalideces

O vento e o mar murmuram orações,
E a poesia das coisas se insinua
Lenta e amorosa em nossos corações.

Antero de Quental

6 comentários:

  1. Jacque...

    O vento e o mar murmuram orações,
    E a poesia das coisas se insinua
    Lenta e amorosa em nossos corações.


    Lindo!!

    Quanto ao que vc me perguntou no email..pode semr na semana que vem..sem problems!
    Me avis qdo. chegar!
    bj
    Bom fds!
    ma

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  2. Oh meu Deus que belo soneto.
    Adoro o Antero de Quental que anda um pouco esquecido.
    Obrigado por esta publicação.
    Beijo

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  3. Alguns texto soam como música, sussurros, ventania. mar bravio- calmaria... uma mistura boa de vida.

    Que texto maravilhoso adorei!!

    Um beijo enorme e um ótimo fds!

    Espero por vc no Alma1

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  4. infinitas gracias dulce poeta por regalarnos tan magna belleza , un besin de esta amiga admiradora.

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  5. Gracias Jacqueline por regalarnos tan bello poema.
    Y gracias por compartir tanta sensibilidad y cariño.
    Un abrazo. Jecego.
    Ahora si está abierto.

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  6. Te puse un comentario en el blog nuevo, pero estaba cerrado y seguramente no salió.
    Un abrazo y felicidades en esa nueva andadura.
    Jecego.

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