A Voz do Amor
Nessa pupila rútila e molhada,
Refúgio arcano e sacro da Ternura,
A ampla noite do gozo e da loucura
Se desenrola, quente e embalsamada.
E quando a ansiosa vista desvairada
Embebo às vezes nessa noite escura,
Dela rompe uma voz, que, entrecortada
De soluços e cânticos, murmura...
É a voz do Amor, que, em teu olhar falando,
Num concerto de súplicas e gritos
Conta a história de todos os amores;
E vêm por ela, rindo e blasfemando,
Almas serenas, corações aflitos,
Tempestades de lágrimas e flores...
Olavo Bilac
Adoro os poemas de Olavo Bilac, este é lindissimo, excelente escolha.
ResponderExcluirBeijinhos
Maria
Olá Jacque
ResponderExcluirLindíssima, a imagem, o poema, e a musica, obrigada por partilhar, adorei, parabéns.
Beijinhos
Ai, a voz do Amor tráz todos estes cambiantes que Olavo Bilac tão bem captou... A imagem sedutora e a música envolvente, torna o amor ainda mais perfeito.
ResponderExcluirBeijo
Graça
Jacque
ResponderExcluirA Voz do Amor, de Olavo Bilac, é um sonho de poema, muito digno de figurar na tua galeria de poemas.
Beijos
Olá Jacque, belo poema...bela música...Espectacular....
ResponderExcluirCumprimentos