Noite...
Ó noite,
coalhada nas formas de um corpo de mulher
vago e belo e voluptuoso
num bailado erótico, com o cenário dos astros,
mudos e quedos.
Estrelas que as suas mãos afagam
e a boca repele,
deixai que os caminhos da noite,
cegos e retos como o destino,
suspensos como uma nuvem,
sejam os caminhos dos poetas
que lhes decoraram o nome.
Ó noite,
coalhada nas formas de um corpo de mulher!
esconde a vida no seio de uma estrela
e fá-la pairar, assim mágica e irreal,
para que a olhemos como uma lua sonâmbula.
Fernando Namora
Poema lindo! Abracos
ResponderExcluirJacque
ResponderExcluirAcreditas? Conheço pouco do médico foi Fernando Namora. Do conteúdo de um livro seu feito rodado o filme UMA ABELHA NA CHUVA, que não visionei. Porque tenho referências, que me interessaram de ortro, RIO TRISTIE, acabei por não o encontrar na altura, por aí me fiquei.
Porém, o poema é digno da tua sensibilidade