quarta-feira, 10 de agosto de 2011


Poema X

Suave é a bela como se música e madeira,
ágata, telas, trigo, pêssegos transparentes,
foram erigidas as fugitivas estátuas.

Fazia a onda dirige-se sua contraria frescura.
O mar molha pés polidos e marcados
a forma recém trabalhada na areia
e é agora seu fogo feminino de rosa
num só borbulho que o sol e o mar combatem.

Ai, que nada te toque se não o sal do frio!

Que nem o amor destrói a primavera intacta.
Formosa, reverberante de indelével espuma,
deixa que teus quadris imponham na água
uma medida nova de cisne e de nenúfar

e navega tua estátua pelo cristal eterno.

Pablo Neruda

3 comentários:

  1. Lindo poema de Neruda. Tenha uma linda noite.
    :D Zelia

    ResponderExcluir
  2. Ciao cara, è un piacere seguire i tuoi blog... tu trasmetti tanta serenità, tranquillità...
    Poesie bellissima!!!!
    Un abbraccio.
    Evelyn

    ResponderExcluir
  3. Amiga Jacque, gracias por compartir.
    Un abrazo por la paz que brindan tus blogs.
    Jecego.

    ResponderExcluir