terça-feira, 10 de maio de 2011



Soneto do Amor Total


Amo-te tanto, meu amor ... não cante
O humano coração com mais verdade ...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.


 Vinicius de Moraes

Um comentário:

  1. Amiga, seguro que Vinicius escribió ese poema mirándote. Que menos podría decir con esa imagen que le deslumbra ante sus ojos.
    Gracias por compartir. Un abrazo, hasta luego.
    Jecego.

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