sábado, 21 de maio de 2011


Soneto de Amor

Talvez não ser é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando o meio-dia
como uma flor azul, sem que caminhes
mais tarde pela névoa e os ladrilhos,

sem essa luz que levas na mão
que talvez outros não verão dourada,
que talvez ninguém soube que crescia
como a origem rubra da rosa,

sem que sejas, enfim, sem que viesses
brusca, incitante, conhecer minha vida,
aragem de roseira, trigo do vento,

e desde então sou porque tu és,
e desde então és, sou e somos
e por amor serei, serás, seremos.

Pablo Neruda

4 comentários:

  1. Amiga Jacque, precioso poema de Neruda, creo que él fue todo amor y te lo transmitió a ti en su gran literatura; porque tu también eres todo poesía, la transmites a través de tu poros. Te felicito por ser como eres y transmitir a través de tus blog, todo el poderío de tu ser, y lo compartes. Un abrazo, Jecego

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  2. Olá, amiga!

    Passei para uma visitinha!...
    Adoro Neruda... amei!!!

    Boa semana!
    Beijinhos.

    °º♫✿
    °º✿ Brasil
    º° ✿✿♥ ♫° ·.

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  3. Este soneto é magnifico.
    Pablo Neruda foi um poeta com uma sensibilidade que, por vezes, nos arrepia.
    Magnifica escolha.

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  4. Querida amiga

    Quem escreve
    com o coração,
    em algum lugar
    onde a vida
    continue,
    sabe que suas
    palavaras
    venceram o tempo.

    Que as estrelas
    sempre brilhem em teu olhar.

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