quinta-feira, 26 de maio de 2011


Se às Vezes Digo 
que as Flores Sorriem

Se às vezes digo que as flores sorriem 
E se eu disser que os rios cantam, 
Não é porque eu julgue que há sorrisos nas flores 
E cantos no correr dos rios... 
É porque assim faço mais sentir aos homens falsos 
A existência verdadeiramente real das flores e dos rios. 
Porque escrevo para eles me lerem sacrifico-me às vezes 
À sua estupidez de sentidos... 
Não concordo comigo mas absolvo-me, 
Porque só sou essa cousa séria, um intérprete da Natureza, 
Porque há homens que não percebem a sua linguagem, 
Por ela não ser linguagem nenhuma. 

Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)

8 comentários:

  1. Oi Jacque!!
    Gostei muito do seu blog! Parabéns!Temos amigos em comum também!
    Te convido a visitar o Mundo dos Eus!
    Já sou sua seguidora;)
    bjos e boa noite
    Roberta
    Linda música

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  2. Olá Amiga
    Passei por cá para ler os poemas, mas olhando para a sua fotografia faz-me lembrar alguém muito familiar. Vou-lhe fazer uma pergunta só me responde se quiser... no seu nome não tem um sobrenome Sêco?. Peço-lhe muita desculpa de perguntar, mas não me contive.
    Beijinhos
    Linda

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  3. Boa noite!

    Vim te visitar e deixar minha mensagem:

    "Não há nada no mundo que me faça infeliz, desde que creio em Deus e em mim próprio, feito à imagem do criador". (Hans Willing)

    Que seus dias sejam abeçoados!

    Deus seja contigo!


    Blog Yehi Or!

    www.hajalluz.blogspot.com

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  4. Olá Jacque
    Muito obrigada por me ter respondido á pergunta que lhe fiz.
    Beijinhos
    Linda

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  5. Jacque

    Fernando Pessoa, neste poema dando a voz ao seu heterónimo, Alberto Caeiro, imaginou um poema, como em todos aliás, raciocinou e obriga a raciocinar quem gosta de o ler, que não for preguiçoso mental.
    Peço para não esquer de votar, sim? Podes fazê-lo várias vezes / dia.
    Beijos querida amiga

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  6. É muito criteriosa nas suas escolhas. Seja Fernando Pessoa, ou qualquer um dos seus heterónimos, demonstra que a poesia faz parte de si.

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  7. Amiga Jacque, pocas flores saben sonreír como tú; lo he comprobado en todas tus fotos.
    Amiga, un abrazo muy fuerte. Hoy es un día malo para mí. Jecego.

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  8. Amiga, precioso poema, donde el amor hace lagos que se desbordan. Pero siempre hay momentos amargos que debemos superar. Gracias por compartir tus gustos que son el reflejo de tu alma.
    Amiga, hoy no es mi día, pero no estoy enfermo, en cuanto a salud soy muy afortunado.
    Ya mañana estaré bien. Un abrazo. Jecego.

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