sábado, 14 de maio de 2011


Poema XLIV 

Saberás que não te amo e que te amo
posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.

Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.

Te amo e não te amo como se tivesse
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desafortunado.

Meu amor tem duas vidas para amar-te. 

Por isso te amo quando não te amo 
e por isso te amo quando te amo.

Pablo Neruda

3 comentários:

  1. Jacque

    Um poema de Pablo Neruda, a parecer com tradições, se o lermos bem, descobrimos a sua profundidade.
    Beijos

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  2. Amiga Jacque,
    estás enamorada de la vida;
    y no existe amor tan grande,
    la vida es lo mejor que existe,
    no te engañes, no te engañes...

    Felicidades, estas en tu mejor momento
    abrazale.....

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  3. Olá Jacque, belo poema...Espectacular....
    Cumprimentos

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