quinta-feira, 19 de maio de 2011


Frieza

Os teus olhos são frios como as espadas, 
E claros como os trágicos punhais, 
Têm brilhos cortantes de metais 
E fulgores de lâminas geladas. 

Vejo neles imagens retratadas 
De abandonos cruéis e desleais, 
Fantásticos desejos irreais, 
E todo o oiro e o sol das madrugadas! 

Mas não te invejo, Amor, essa indiferença, 
Que viver neste mundo sem amar 
É pior que ser cego de nascença! 

Tu invejas a dor que vive em mim! 
E quanta vez dirás a soluçar: 
"Ah, quem me dera, Irmã, amar assim!..." 

Florbela Espanca

2 comentários:

  1. Amiga Jacqueline, nadie podrá encontrar la voz más apropiada al momento, que lo haces tú. Mirando tu imagen se deducen las palabras, pero la pasión que pones en ellas y tu manera de armonizarlas, solo están en tu corazón y las reflejas en tu cara. Pienso que toda tu, eres poesía, y la escribes con tu mirada. Gracias por ser como eres, borboleta, amiga y hada. Un abrazo. Jecego.

    PD. Tus poemas llegan al cielo.

    ResponderExcluir
  2. Olá Jacque

    Florbela Espanca, além de extraordinária poetisa, sabia do que escrevia. A sua biografia revela ter vivido amores com muita intensidade. Nesse campo, tinha um entendimento muito avançado para a época. Sofreu e seria por isso que faleceu por suicidio.
    Beijos

    ResponderExcluir