sexta-feira, 5 de novembro de 2010


A Curva dos Teus Olhos

A curva dos teus olhos dá a volta ao meu peito
É uma dança de roda e de doçura.
Berço nocturno e auréola do tempo,
Se já não sei tudo o que vivi
É que os teus olhos não me viram sempre.

Folhas do dia e musgos do orvalho,
Hastes de brisas, sorrisos de perfume,
Asas de luz cobrindo o mundo inteiro,
Barcos de céu e barcos do mar,
Caçadores dos sons e nascentes das cores.

Perfume esparso de um manancial de auroras
Abandonado sobre a palha dos astros,
Como o dia depende da inocência
O mundo inteiro depende dos teus olhos
E todo o meu sangue corre no teu olhar.

Paul Eluard

4 comentários:

  1. Hermosísisimo Blog el que hiciste esta vez Querida Nine... me encanta la forma como los haces y aún más compartiendo poesía de altura... esa poesía que solamente se lee escogida... Gracias por compartirlo de esta ma nera... a tu manera...

    Beijos
    ...
    Juan José

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  2. *
    olhos,
    aos quais,
    os astros se curvam !
    ,
    Conchinhas,
    ,
    *

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  3. Jacque, un interesante blog.
    He estado en tu blog, Sentimientos y lo he visto muy atrás de fecha.
    Besos

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