Poema XLIV
Saberás que não te amo e que te amo
posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.
Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.
Te amo e não te amo como se tivesse
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desafortunado.
Meu amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso te amo quando não te amo
e por isso te amo quando te amo.
Pablo Neruda
Jacque
ResponderExcluirUm poema de Pablo Neruda, a parecer com tradições, se o lermos bem, descobrimos a sua profundidade.
Beijos
Amiga Jacque,
ResponderExcluirestás enamorada de la vida;
y no existe amor tan grande,
la vida es lo mejor que existe,
no te engañes, no te engañes...
Felicidades, estas en tu mejor momento
abrazale.....
Olá Jacque, belo poema...Espectacular....
ResponderExcluirCumprimentos